PET Fonoaudiologia Faculdade de Odontologia de Bauru Universidade de São Paulo
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Seminários Avançados e Reuniões Clínicas – 2018

Conhecendo a Fonoaudologia, o PET Fonoaudiologia e a CoC Fonoaudiologia.

Apresentação: Petianas Amanda Herrera Fahra e Yasmin Pietra Chefel Muniz e graduanda Rebeca Liaschi Floro Silva

Orientadora: Profa. Dra. Giédre Berretin-Felix 

Segundo o Conselho Regional de Fonoaudiologia da 2ª Região/SP, o Fonoaudiólogo é o profissional “responsável pela promoção da saúde, prevenção, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação) e aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos da função auditiva periférica e central, da função vestibular, da linguagem oral e escrita, da voz, da fluência, da articulação da fala e dos sistemas miofuncional, orofacial, cervical e de deglutição. Exerce também atividades de ensino, pesquisa e administrativas.”

Atualmente, a Fonoaudiologia conta com onze especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, sendo elas: Audiologia, Linguagem, Motricidade Orofacial, Saúde Coletiva, Fonoaudiologia Educacional, Gerontologia, Voz, Disfagia, Fonoaudiologia Neurofuncional, Fonoaudiologia do Trabalho e Neuropsicologia.

O primeiro curso de Fonoaudiologia foi inaugurado pela Universidade de São Paulo (USP), em 1961, e em 1977, ele ganhou a qualidade de bacharelado. Em 09 de Dezembro de 1981, foi sancionada pelo presidente João Figueiredo a lei Nº 6965, que regulamentou a profissão de Fonoaudiólogo.

Em 1989 o Conselho Universitário da Universidade de São Paulo autorizou o início das atividades do curso de Fonoaudiologia na Faculdade de Odontologia de Bauru, que tiveram início efetivo em 5 de Março de 1990, com reconhecimento do Ministério da Educação em 1994.

O PET (Programa de Educação Tutorial), foi criado pela Secretaria do Ensino Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC) e tem como concepção filosófica a tríade ensino, pesquisa e extensão. Por meio de atividades extracurriculares, favorece a formação acadêmica de seus integrantes. Em 2006, o PET Fonoaudiologia da FOB USP foi criado sob tutoria da Professora Doutora Giédre Berretin-Felix, suas bases norteadoras são representadas pela interdisciplinaridade em telessaúde voltada ao ensino e atendimento à distância de forma dependente, as atividades desenvolvidas pelo PET Fonoaudiologia. Atualmente o grupo PET Fonoaudiologia é composto por 16 integrantes, orientados pela tutora, Professora Doutora Wanderleia Quinhoneiro Blasca.

A CoC (Comissão Coordenadora de Curso), tem como uma de suas funções assessorar a Comissão de Graduação (CG), de acordo com as atribuições estabelecidas pela CG e seus membros. A CoC – Fonoaudiologia da FOB-USP foi criada em 2007, com o objetivo de implementar e acompanhar o projeto político pedagógico do curso. Através da CoC foi possível ampliar as áreas verdes, para atividades de ensino, pesquisa e extensão, com 6 horas/semanais por semestre, além da criação de Oficinas para revisão e reforço das matérias básicas.

Veja o Seminário Avançado na íntegra!

Dica de Professor: Como aproveitar a graduação.

Apresentação: Giovanna Franco Juliano e Giulia Ito Silva

O seminário realizado no dia 20 de Março de 2018 teve como tema “Dica de Professor: Como aproveitar a graduação”, foi apresentado pelas integrantes do PET Fonoaudiologia Giovanna Franco (3º ano de Fonoaudiologia) e Giulia Ito (2º ano de Fonoaudiologia), contou com a dinâmica “Roda de Conversa” composta pelas Professoras Doutoras Dagma Venturini Marques Abramides, Dionísia Aparecida Cusin Lamônica, Magali de Lourdes Caldana, Maria Aparecida Miranda de Paula Machado e pelos alunos matriculados e não matriculados na disciplina optativa livre do PET Fonoaudiologia.

A apresentação introdutória teve como objetivo demonstrar aos alunos como o período de transição no ingresso à faculdade e a maneira como os alunos se integram ao contexto universitário determinam a permanência no curso e o sucesso acadêmico. Neste momento os alunos tiveram a oportunidade de responder a uma pergunta, “O que você considera relevante para aproveitar melhor o seu ano na graduação?”, de forma que refletissem sobre as oportunidades. Após essa reflexão foi lhes apresentado, de acordo com a literatura, o que se faz determinante para aproveitar o contexto universitário, ficando claro que este não se converge apenas a formação profissional composta na grade horária e que é essencial o envolvimento com professores, a participação em atividades extraclasse, o desenvolvimento de relações interpessoais satisfatórias e do autoconhecimento. Como a universidade é importante nesse processo de formação, existem mudanças que estão sendo necessárias para ajudar o aluno diante da exigência em relação ao perfil de novos profissionais, principalmente quando relacionadas aos cursos na área da saúde.

Como conclusão foram apresentadas diversas oportunidades existentes na Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo e foi encerrado com um bate-papo onde as professoras convidadas falaram sobre tais oportunidades, dando dicas e comentando o que representam na construção da identidade profissional.

Veja o Seminário Avançado na íntegra!

Representações Discentes.

Apresentação: Isabela Camera Messias Bueno (PET Odontologia) e Susanna Gonçalves Ferruci (PET Fonoaudiologia)

Orientador: Pós-graduando Gerson Aparecido Foratori Junior

O Seminário Interdisciplinar, oferecido juntamente ao grupo PET Odontologia, abordou o tema “Representações Discentes” e teve como objetivo informar os alunos de graduação da FOB USP sobre as oportunidades de representação junto aos órgãos colegiados presentes na Universidade, esclarecendo a importância da participação e envolvimento visando contribuir para melhoria do Curso de Graduação. O representante discente precisa ser um estudante da Instituição de Ensino Superior (IES) e participante dos Órgãos Colegiados, tendo como função representar seus pares, ouvi-los e debater sobre os problemas enfrentados por eles e levá-los aos responsáveis para discussão e tomada de decisão para tentar solucioná-los, assim como a divulgação do que for implementado. Existem duas possibilidades do aluno se candidatar, como Titular ou como Suplente, embora as funções se diferem, o Titular tem como função comparecer em todas as reuniões, defender os interesses dos alunos, ter direito a voz e voto diante das decisões, informar ao Suplente e os demais sobre as decisões tomadas nas reuniões, encontrando uma forma eficiente de comunicação, seja para informar os alunos ou ainda estar mais próximo para ouvi-los. Enquanto o Suplente, substituirá o Titular quando ausente e deverá desempenhar as mesmas funções que ele.

As Comissões pelas quais o representante discente poderá participar são:

  • Conselho Universitário;
  • Conselhos Centrais (Comissão de Graduação, Pós Graduação, Pesquisa, Cultura e Extensão);
  • Órgãos de Administração (Congregação e Conselho Técnico Administrativo);
  • Departamentos (Ciências Biológicas; Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia; Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos; Fonoaudiologia; Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva; e Prótese e Periodontia).

Foram ainda apresentadas as novas implementações mediante ao método de inscrição e de votação que agora é feito totalmente de forma eletrônica, determinando maior facilidade para os alunos estarem envolvidos.

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A Estimulação Elétrica na Reabilitação Vocal do Idoso.

Apresentação: Petiana Chrishinau Thays de Sales Silva e graduanda Polyana Ferreira Salles

Orientadora: Profa. Dra. Alcione Ghedini Brasolotto

Com o aumento da expectativa de vida, a população idosa tem buscado melhores condições de vida, com a intenção de obter maior socialização e participação na comunidade. Para tanto, essa população tem procurado cada vez mais a melhor performance vocal, que além da terapia vocal convencional, a estimulação elétrica tem sido apontada como uma forma de se obter resultados eficientes e rápidos na terapia vocal para esta faixa etária.

Com isso, o PET Fonoaudiologia, em conjunto com a Campanha da Voz FOB USP, ofereceu a reunião clínica “A estimulação elétrica na reabilitação vocal do idoso”, na qual foram explanados e discutidos as aplicações desta tecnologia com as Fonoaudiólogas Professoras Doutoras Alcione Brasolotto, Eliana Fabbron e Giédre Berretin-Felix e apresentação pelas graduandas Chrishinau Silva e Polyana Salles.

Veja a Reunião Clínica na íntegra!

Voz: Normalidade e Patológico - Reflexões sobre os limites terapêuticos.

Apresentação: Giulia Ito Silva e Susanna Gonçalves Ferruci

Orientador: Fgo. Me. Jhonatan da Silva Vitor

A voz é o principal meio de comunicação do ser humano e o insere no meio social. Ela carrega traços da personalidade e expressa a formação psicológica do mesmo. (Behlau et al. 2001)

Não há um sistema do corpo humano responsável pela produção vocal, mas sim, um conjunto de estruturas que formam o aparelho fonador. O som produzido pelas pregas vocais é chamado de fonação. Conforme esse som é acrescido de ressonância das cavidades supra e infraglóticas, ele recebe o nome de voz.

A disfonia é um distúrbio da comunicação em que a voz não consegue cumprir seu papel de transmitir a intenção verbal e emocional do falante, por meio de alterações que impedem a produção natural da voz. (Behlau et al. 2001)

As disfonias podem ser classificadas em: orgânicas, organofuncionais e funcionais.

A análise perceptivo-auditiva da voz é subjetiva e depende da experiência do terapeuta para quanto a impressão do avaliador sobre a voz. Além disso, a análise sofre influência do tipo de material e apresentação de voz utilizado, do grau da disfonia, etc.

A vibração irregular das pregas vocais reflete no resultado de rouquidão, comuns em lesões orgânicas, em que pode haver um aumento ou diminuição da intensidade de voz do paciente. Já a soprosidade é acarretada devido ao escape de ar transglótico, isto é, ruído de ar excessivo através da glote, com isso a voz possui então intensidade fraca.

Temos também a voz tensa, onde a qualidade vocal é aflitiva, possui flutuação em sua qualidade, pouca quantidade de ar transglótico, quebras de frequência e sonoridade. Caracteriza-se por tensão de todo o trato vocal.

No seminário apresentado foi discutido ainda, patologias orgânicas que influenciam na qualidade vocal, como refluxo, leucoplasia, etc. Exemplos de disfonias funcionais e organofuncionais também podem ser encontradas nos slides em anexo.

Ao final da apresentação, demos ênfase em paralisia de pregas vocais, trazendo um caso clínico para os alunos presentes. A causa das paralisias de pregas vocais pode ser decorrente de diferentes etiologias, podendo ser sintomas secundários de outras patologias, isto inclui patologias do Sistema Nervoso Periférico e Central, traumas mecânicos do tórax, cabeça ou pescoço, neoplasias, causas cirúrgicas, idiopáticas, inflamatórias, metabólicas ou tóxicas.

A paralisia de pregas vocais, quando bilateralmente, faz com que a voz apresente-se aguda decorrente da posição paramediana das duas pregas e é tipicamente acompanhada de obstrução de via aérea.  Porém, quando unilateral, têm-se tipicamente fadiga vocal, disfagia, redução da intensidade e projeção vocal, incoordenação pneumofonoarticulatória, refletindo na soprosidade da voz, cujo grau manifesta-se de acordo com a incompetência glótica.

A fonoterapia é uma conduta eletiva para casos de paralisias unilaterais, tendo como finalidade eliminar os riscos de aspiração de alimentos e saliva, assim como a função de melhorar a qualidade vocal. As técnicas utilizadas têm o objetivo de melhorar a coaptação glótica do indivíduo, aproximando as pregas vocais. A incompetência glótica possui impacto não somente no sinal vocal, mas na fala como um todo, características como soprosidade e rouquidão são bastante relatadas em caso de paralisia de prega vocal.

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Disfonia Psicogênica: Atuação Interdisciplinar.

Apresentação: Amábile Beatriz Leal e Jéssica Silva Emídio

Orientador: Fga. Ma. Angélica Emygdio da Silva Antonetti

Disfonia é um transtorno vocal em que a produção vocal é realizada com esforço, sem harmonia e que limita o indivíduo na transmissão de sua mensagem verbal e emocional (TEIXEIRA, TREZZA, BEHLAU, 2003). As causas de disfonia são diferentes de acordo com o tipo de alteração.  Segundo a classificação de Behlau e Pontes (2001), os tipos de disfonia, então, são: disfonias funcionais (ausência de alterações anatômicas, neurológicas ou outras causas orgânicas – disfonias funcionais primárias por uso incorreto da voz, secundárias por inadaptações vocais e por alterações psicogênicas); disfonias orgânicas (disfonias congênitas, endocrinológicas, neurológicas, inflamatórias e infecciosas e por refluxos gastroesofágico) e ainda as disfonias orgânico-funcionais (nódulos, pólipos, edema de Reinke, granuloma, úlcera de contato, leucoplasia).

A disfonia psicogênica é uma desordem vocal, onde pode-se ver laringe normal com voz anormal, uma vez que sons laríngeos sem relação com o comportamento comunicativo, como por exemplo a tosse, são normais. Não raramente o paciente sabe indicar a data do início exata da alteração vocal, descrevendo o momento com detalhes e muitas vezes o paciente correlaciona seu sintoma vocal a problemas nas vias respiratórias, porém não consegue fazer uma ligação com fontes emocionais.

Disfonias psicogênicas podem ser subdivididas em três grandes grupos: formas clínicas definidas, disfonias volitivas e disfonias relacionadas à muda vocal ou puberfonias (BEHLAU & PONTES, 1995b; BEHLAU et al., 2001b).

O diagnóstico laríngeo constitui no exame de nasolaringoscopia. Tal exame mostra, na maioria das vezes, ausência de alterações orgânicas. Alterações vocais em que ações não relacionadas a fonação, como tosse e pigarro, permanecem normais. Entretanto, o diagnóstico não descarta tensões musculares que podem contribuir para o grau da disfonia.

Há defasagem na exatidão do diagnóstico. Assim, gera equívoco com a disfonia aguda, disfonia por tensão muscular apenas, e não ela como consequência de uma somatização psicogênica.

É essencial o diagnóstico diferencial, com os tratamentos fonoaudiológico e médico adequados e mais efetivos para cada paciente. Para melhor detalhamento do caso é necessário uma avaliação completa e uma anamnese detalhada com o uso de protocolos e provas terapêuticas sensíveis. Deve-se considerar também na anamnese, a história psicológica e sua relação com o problema de fala.

Na anamnese deve-se investigar o início da disfonia, dados incongruentes, presença de uma série de sintomas simultâneos e não relacionados entre si ou à queixa, outras queixas e distúrbio neurovegetativo (impaciência, nervosismo e sudorese) (CAVALCANTE, 2000).

A avaliação do comportamento vocal envolve avaliação perceptivo-auditiva e provas de diagnóstico diferencial (tarefas não fonatórias – choro, riso, pigarro, bocejo e tosse com qualidade vocal equilibrada) (BEHLAU e col., 2001).

Tezcaner (2017) verificou-se em um estudo que de 58 pacientes orientados (durante a terapia vocal) a passar por um psicólogo, apenas 35 aceitaram. Desses pacientes, 13 apresentaram desordens psicológicas, como desordem do sono, ataques de pânico, ansiedade e depressão.

A intervenção envolve, primeiramente, a avaliação do otorrinolaringologista para confirmação de ausência de lesões que contribuirão para o desenvolvimento do raciocínio de disfonia psicogênica. Em seguida, envolve a avaliação fonoaudiológica, que tentará compreender o paciente a respeito de sua relação com o ambiente. Também desenvolverá uma impressão a respeito da personalidade do mesmo. Dessa maneira, haverá o raciocínio para o diagnóstico e assim, poderá ser esclarecido ao paciente o funcionamento do aparelho fonador e alterações que podem gerar uma qualidade vocal não esperada. Entretanto, não se deve inicialmente tentar explicar para o paciente o motivo de sua alteração vocal (em vista que pode ser muito delicado para o paciente). O motivo para tal abordagem é que há uma explicação racional para o problema vocal. Posteriormente, vem a terapia direta com as técnicas e exercícios a serem realizados que variará de paciente para paciente, não é possível fazer uma receita para tal. Por fim, há atuação da psicologia que envolve determinar o porquê houve o aparecimento da desordem. Deve haver uma comunicação entre o fonoaudiólogo e o psicólogo (que possui as ferramentas e conhecimentos necessários para tal), o fonoaudiólogo ajudará o psicólogo a entender (juntando suas informações) a situação do paciente.

Na intervenção, pode-se usar a fonação reversa, pois diversos autores indicam o uso desta técnica na intervenção de disfonias psicogênicas, como fonação alternativa, não exigindo o resgate da fonação fisiológica, ou seja, da fonação expiratória. Além disso, o mascaramento auditivo, imitar sons de animais e realizar sons nasais.

A literatura refere que o prognóstico de uma alteração psicogênica geralmente é bom, e o paciente apresenta um ótimo resultado em poucas sessões de fonoterapia.

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SUS - Sistema Único de Saúde.

Apresentação: Amábile Beatriz Leal e Geovana Guedes Leoni

Orientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida Miranda de Paula Machado

A Constituição brasileira de 1988 diz que a “Saúde é direito de todos e dever do Estado” e criou o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, que foi conquistado através de uma longa história.  Junto com essa constituição vieram às leis 8.080 que define as diretrizes para organização e funcionamento do Sistema de Saúde brasileiro e a lei n. 8142 que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), e fica definida que a Conferência de Saúde irá se reunir a cada quatro anos para definição de novas diretrizes. São três os princípios doutrinários que conferem legitimidade ao SUS: a universalidade, a integralidade e a equidade, além dos princípios, devem-se considerar suas diretrizes organizativas, as quais buscam garantir um melhor funcionamento do sistema, dentre as quais estão: a descentralização com comando único, a regionalização e hierarquização dos serviços e participação comunitária. Desta forma, para que todos saibam seus direitos nos serviços públicos e privados temos a CARTA DE DIREITOS DOS USUÁRIOS DA SAÚDE que asseguram ao cidadão o direito básico ao ingresso digno nos sistemas de saúde.

Existe uma longa caminhada nessa evolução da saúde pública e o SUS é o maior dos passos para garantir o direito à saúde. Para que entendêssemos como que o SUS é hoje, precisamos compreender que foi necessária uma construção coletiva para se chegar ao modelo atual de funcionamento. Abordamos os assuntos discutidos nos últimos 22 anos nas Conferências Nacionais de Saúde e para compreender como essas conferências são importantes, entre uma e outra (2ª e 3ª CNS) foi criado o Ministério da Saúde.

Mas e hoje? O sistema público de saúde é para todos, desde a gestação e por toda a vida a atenção integral à saúde é um direito! Hoje o SUS oferece oportunidade de acesso aos serviços que visem a promoção, proteção e recuperação da saúde e 152 milhões de pessoas têm no SUS o seu único acesso aos serviços de saúde. A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde, por exemplo.

Os níveis de atenção à saúde são: primário, secundário e terciário. No primário, temos como exemplo a UBS (Unidade Básica de Saúde), neste nível faz-se comumente a promoção e proteção da saúde; no secundário contamos com os consultórios, que também farão prevenção e detecção precoce e no terciário os hospitais regionais, como referências desses níveis, atendendo os casos de alta complexidade.

E, falando sobre a atenção primária, não podemos deixar de falar do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) que foi criado pelo Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil; configurado com equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada com as equipes de Saúde da Família (ESF).

O Sistema Único de Saúde (SUS) prevê uma estrutura híbrida de gestão da saúde sendo 80% público e 20% privado. Em relação a parte privada temos a Saúde Suplementar que é a atividade que envolve a operação de planos ou seguros de saúde e é regulada pelo poder público, representado pela ANS. Cria-se a Agência para regulamentar, controlar e fiscalizar as atividades do segmento.

Por fim, temos a Política Nacional de Humanização (PNH) que qualifica a saúde pública no Brasil, incentivando trocas entre gestores, trabalhadores e usuários fortalecendo iniciativas de humanização existentes. A PNH deve estar presente e inserida em todas as políticas e programas do SUS.

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Intervenção fonoaudiológica centrada na família.

Apresentação: Chrishinau Thays de Sales Silva e Letícia da Costa Santos

Orientador: Fga. Dra. Grace Cristina Ferreira-Donati

A Intervenção Fonoaudiológica centrada na família tem o objetivo de atuar na reabilitação de funções relacionadas a comunicação considerando não apenas o paciente, mas também o núcleo familiar no qual ele convive. Com isso, nesta apresentação discutimos a importância e as principais características dessa intervenção no contexto clínico.

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Implicações da ausência da fonoaudiologia educacional.

Apresentação: PETiana Jéssica Silva Emídio e graduanda Stefanie Vitória Pereira Rodrigues

Orientadora: Profa. Dra. Patrícia Abreu Pinheiro Crenitte

A Reunião Clínica tem por objetivo apresentar casos clínicos interessantes atendidos na Clínica de Fonoaudiologia da FOB USP por graduandos do terceiro e quarto ano do curso. São discutidos aspectos pertinentes ao caso com a participação de profissionais da área, sendo assim uma discussão pertinente que contribui para a formação dos discentes de fonoaudiologia. Foi abordado inicialmente sobre a Fonoaudiologia Educacional, apresentação definição, áreas de atuação dentro da escola e benefícios, além dos países que apresentam o fonoaudiólogo em todas as escolas. Além disso, o sistema educacional brasileiro e as implicações que a ausência desse profissional trás para os escolares. Em seguida, foi apresentado um caso clínico atendido pela Stefanie Vitória Pereira Rodrigues na Clínica de Linguagem Escrita (Estágio Supervisionado) durante o 1º semestre de 2018. Foram então apresentadas as informações referentes ao paciente, como histórico, relatório escolar, diagnóstico, além da queixa atual dos familiares, avaliação de leitura e escrita e o processo terapêutico. Enfim, a orientadora contribuiu com a discussão do caso, expondo questões pertinentes para o melhor entendimento e esclarecimento do caso.

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HRAC - Conhecendo sua história e descobrindo novas oportunidades.

Apresentação: Gabriel Thomazini Salazar e Raissa Pereira Carvalho

Orientadora: Profa. Dra. Wanderleia Quinhoneiro Blasca

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Roda de Conversa Interdisciplinar - Construindo conhecimento sobre a fissura labiopalatina com os especialistas.

Apresentação: Amanda Herrera Farha e Giulia Ito Silva

Orientadora: Profa. Dra. Jeniffer de Cássia Rillo Dutka

A Roda de conversa Interdisciplinar contou com uma dinâmica diferenciada, saindo da tradicional exposição de conhecimento, partindo, assim, para a construção do mesmo pelos alunos que frequentam a disciplina “Seminários Avançados e Reuniões Clínicas”. Dessa forma, os participantes presentes foram divididos em três grupos e a eles foi apresentado um caso clínico e questões foram lançadas, com a finalidade de instigar uma discussão e a formação de um raciocínio clínico.

Considerando o trabalho interdisciplinar que ocorre no tratamento de pacientes com fissura labiopalatina no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, foram chamados quatro profissionais para representarem essa união das áreas. As profissionais presentes foram: Araci Malagodi de Almeida (Odontologia), Giovana Rinalde Brandão (Fonoaudiologia), Rhaissa Heinen Peixoto (Medicina) e Terumi Okada Ozawa (Odontologia). O papel delas na dinâmica foi dar um suporte e fomentar as discussões dos grupos.

O momento de finalização da roda foi a exposição das respostas encontradas pelos grupos e a explicação técnica das mesmas, bem como os acertos e equívocos, por parte das profissionais ali presentes.

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Câncer de Cabeça e Pescoço: O processo terapêutico nos casos associados à disfagia.

Apresentação: Petiana Chrishinau Thays de Sales Silva e graduanda Polyana Ferreira Salles

Orientadora: Fga. Ma. Gabriele Ramos de Luccas

No mês de julho ocorre a campanha #JulhoVerde voltada para a conscientização e combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, e o PET Fonoaudiologia ofereceu este estudo visando transmitir informações acerca do processo terapêutico nos casos que estão associados à disfagia, especialidade da nossa profissão. 

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Disfunção Temporomandibular: Atuação da Fonoaudiologia e Fisioterapia.

Apresentação: Gabriel Thomazini Salazar e Isabela da Silva Horita 

Orientação e Participação: Fga. Ma. Gabriele Ramos de Luccas e Fisioterapeuta Ma. Debora Foger Teixeira

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Setembro Amarelo: vamos falar sobre suicídio?

Apresentação: Bruna Rossetti da Silva (PET Odontologia) e Maicon Suel Ramos da Silva (PET Fonoaudiologia)

Orientadora: Profa. Dra. Dagma Venturini Marques Abramides

Setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio, ele também é chamado de Setembro Amarelo e no Brasil foi iniciado pelo CVV (Centro de Valorização da Vida)CFM (Conselho Federal de Medicina)ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). As suas primeiras atividades foram em 2015 concentradas em Brasília. Em âmbito mundial, o IASP – Associação Internacional para Prevenção do Suicídio estimula a divulgação da causa, vinculado ao dia 10 do mês de setembro no qual se comemora o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

“O suicídio é um fenômeno multicausal que resulta de uma interação complexa entre fatores biológicos, psicológicos, sociais, culturais e econômicos. É uma das mais importantes causas preveníveis de mortalidade no mundo. Por esta razão, um crescente esforço científico tem sido registrado para identificar estratégias preventivas e tratamentos efetivos para ideação e comportamento suicida”, afirma Tissot, 1998.

Foram ministradas algumas possíveis ações que poderiam ser realizadas, como: no caso de jovens adultos que estejam enfrentando ideação suicida, é necessário que os familiares, amigos e pessoas do convívio se mantenham atentos a mudanças de comportamento, como alterações bruscas de humor, isolamento social e frequentes crises de choro. Também é muito importante salientar que é positivo manter um canal de diálogo aberto, evitando julgamentos ou reprimendas, não é aconselhável invadir a privacidade dos jovens que enfrentam problemas com a ideação suicida, como ler diários ou conversas particulares, para não agravar a sensação de falta de confiança, que pode ser um incentivo à morte. Suicídio é sério e devemos nos sensibilizar e tomarmos de conhecimento para estarmos preparados para ajudar o próximo. Caso você esteja sofrendo de ideações suicidas, ou conheça alguém que pode estar passando por esse momento, uma das opções de atendimento emergencial em caso de crises iminentes é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que possui acolhimento gratuito por telefone no número 188 e pelo chat do site. Também é possível recorrer aos Centros de Atenção Psicosocial (CAPS), presentes em todos os municípios e com atendimento público associado ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seminário teve como objetivo apresentar o tema com caráter interdisciplinar entre os cursos de Fonoaudiologia, Medicina e Odontologia para uma maior dinamização. Se trata de um problema de saúde pública, e salientar a conscientização do público acadêmico sobre os acontecimentos na sociedade é importante. Logo ao final a Professora Doutora Dagma Venturini Marques Abramides encerrou a atividade com escuta de depoimentos dos alunos ouvintes presentes.

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Outubro Rosa: devemos falar sobre isso.

Apresentação: Beatriz Giuliani de Oliveira e Susanna Gonçalves Ferruci

Orientadora: Profa. Dra. Dagma Venturini Marques Abramides

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O que é gagueira?

Apresentação: Isabela da Silva Horita e Maicon Suel Ramos da Silva

Orientadora: Profa. Dra. Simone Aparecida Lopes-Herrera

Gagueira é um distúrbio da fluência da fala, que envolve várias etapas da formulação da linguagem até a efetivação da mesma, no qual acomete milhões de indivíduos, tanto em âmbito nacional, quanto internacional. Sendo um distúrbio, causado pelo mau funcionamento de algumas áreas do cérebro responsáveis pela fala, resultante de uma tendência hereditária. A gagueira não tem cura, porém o tratamento precoce desde o aparecimento dos primeiros sintomas proporciona uma fluência bem próxima da normalidade, minimizando também os danos emocionais e sociais decorrentes das experiências vividas anteriormente.

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E então, um TCE. E de repente, Afasia.

Apresentação: Petiana Yasmin Pietra Chefel Muniz e graduanda Samara Silvino

Orientadores: Profa. Dra. Magali de Lourdes Caldana e Prof. Dr. Adriano Yacubian Fernandes

O Traumatismo Cranioencefálico (TCE)  é  uma agressão ao cérebro, advinda de uma força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, que resulta em comprometimento das habilidades cognitivas envolvendo a linguagem, a atenção, a memória, a percepção e o raciocínio intelectual, ou do funcionamento físico. A maior incidência é encontrada em adultos jovens do gênero masculino, cuja faixa etária varia entre 15 e 24 anos.

A Afasia, sendo uma das consequências do TCE, caracteriza-se como perda completa ou parcial da condição de expressar-se através da fala, da escrita ou de gestos, interferindo na capacidade de compreensão oral e escrita que pode vir acompanhada de alterações comportamentais, intelectuais e emocionais, que refletem nas atitudes e na personalidade do indivíduo.

Mais especificamente, a Afasia de Broca é  a perda da faculdade da linguagem articulada, responsável por traduzir as imagens mentais em imagens motoras ou, em outras palavras, em movimentos. As etapas da produção da linguagem estariam “truncadas”, gerando uma linguagem não-fluente.

Nestes casos, é dever do fonoaudiólogo relacionar os achados clínicos com o acometimento cerebral em local e extensão, e assim, realizar um planejamento terapêutico singular, levando em consideração as peculiaridades de cada paciente.

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Conversando com Especialista: Fonoaudiologia Forense.

Apresentação: Raissa Pereira Carvalho e Maicon Suel Ramos da Silva

Orientadora: Profa. Ma. Mônica Azzariti de Pinho

A Fonoaudiologia é uma profissão que foi regulamentada pela Lei nº 6.965, de 9 de dezembro de 1981, e pelo Decreto nº 87.218, de 31 de maio de 1982. Apesar de seu nascimento tão recente, tem uma atuação bem consolidada nas áreas da saúde e da educação ao longo da história. Sendo ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças em relação aos aspectos envolvidos nos mecanismos do corpo humano. A ciência forense tem sido popularizada em séries norte-americanas como Dexter, CSI, Bones, How to Get Away with Murder, Scandal, etc., constituindo uma área interdisciplinar que envolve física, biologia, química, matemática e várias outras ciências de fronteira, com o objetivo de dar suporte às investigações relativas à justiça civil e criminal. Para comunicação destaca-se a Fonoaudiologia Forense que utiliza conhecimentos técnico-científicos da comunicação humana para o esclarecimento de fatos de interesse da justiça. A perícia na área da comunicação envolve habilidade, experiência e profundos conhecimentos de acústica, fisiologia da fonação, anatomia, linguagem, psicoacústica, informática, dentre outras áreas comuns à formação do profissional Fonoaudiólogo. O objetivo do seminário foi trazer uma conversa com especialista conduzida por um profissional da área de conhecimento a fim de prestar mentoria de carreira aos que participaram da atividade com o objetivo de conhecer melhor sobre a atuação do profissional, mercado de trabalho, entre outras dúvidas. Neste sentido contamos com a presença por videoconferência da Professora Mestra Mônica Azzariti de Pinho que contribuiu com suas experiências no mercado de trabalho como Fonoaudióloga e especialista Forense.

Veja o Seminário Avançado na íntegra!

Piora da audição após arritmia cardíaca desencadeada pelo consumo excessivo de álcool.

Apresentação: Raissa Pereira Carvalho

Orientadora: Fga. Maria Júlia Ferreira Cardoso

Veja a Reunião Clínica na íntegra!

Zumbido e Perda Auditiva: possibilidades e tratamentos

Apresentação: Beatriz Giuliani de Oliveira Letícia da Costa Santos

Orientadora: Fga. Maria Júlia Ferreira Cardoso

Veja o Seminário Avançado na íntegra!

Atuação multidisciplinar nas alterações do sistema vestibular

Apresentação: Geovana Guedes Leoni e Yasmin Pietra Chefel Muniz

Orientadoras: Fisioterapeuta Dra. Eloísa Aparecida Nelli e Fga. Dra. Luciane Domingues Figueiredo Mariotto

O sistema vestibular é o conjunto de órgãos do ouvido interno responsáveis pela detecção de movimentos do corpo, que contribui para a manutenção do equilíbrio, sendo formado pelos três canais semicirculares  e pelo sáculo e utrículo. O sistema vestibular é constituído por uma estrutura óssea que dentro se encontra tubos membranosos cheios de líquidos chamado endolinfa. Quando movimentamos nosso corpo, a força da gravidade atrai os otólitos que se encostam nas células sensoriais, gerando impulsos nervosos que são enviados ao cérebro, permitindo determinar qual a real posição da cabeça em relação à força gravitacional. Dessa forma podemos perceber em que posição estamos. (Wikipédia)

Nesta apresentação, falaremos basicamente sobre a atuação de duas profissões: a fonoaudiologia e a fisioterapia. É de competência do fonoaudiólogo, devidamente capacitado, realizar a avaliação vestibular e reabilitação dos transtornos do equilíbrio corporal. Os procedimentos de avaliação vestibular e terapia fonoaudiológica em equilíbrio/reabilitação vestibular estão codificados pela Classificação Brasileira de Procedimentos em Fonoaudiologia – CBPFa 3ª edição, de outubro de 2009. Ainda, além do tratamento medicamentoso e cirúrgico, a fisioterapia, através da reabilitação vestibular tem sido reconhecida como tratamento de escolha para pacientes com persistência da vertigem em decorrência de vestibulopatias, proporcionando acentuada melhora na qualidade de vida. A reabilitação vestibular visa a recuperação do equilíbrio, melhora das vertigens e dos nistagmos causados por patologia vestibular, tanto central como periférica.

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